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Mais de 50 pilotos violaram limites dos anos 60 no Aeroporto da Madeira

Esta segunda-feira, a que se refere esta fotografia, o vento deu algumas tréguas, e, por isso, o movimento aumentou
(foto: Paulo Camacho)
A Autoridade Nacional de AviaĂ§Ă£o Civil confirmou os nĂºmeros que a agĂªncia Lusa teve acesso que dĂ£o conta de 55 aviões comerciais terem aterrado este ano no Aeroporto da Madeira com vento acima dos limites mĂ¡ximos estabelecidos pela prĂ³pria ANAC, violando, deste modo, as restrições impostas pelo regulador nacional do setor.

Segundo a Lusa, os comandantes, depois de terem sido informados pelos controladores aĂ©reos de que o vento estava acima dos limites estabelecidos, tomaram a decisĂ£o de aterrar no Aeroporto da Madeira - Cristiano Ronaldo.
Numa resposta escrita enviada Ă  agĂªncia noticiosa portuguesa, a ANAC informou que desenvolveu contactos junto das operadoras aĂ©reas com o objetivo de “fazer cumprir as normas e regulamentos em vigor sobre esta questĂ£o”. AlĂ©m disso, acentua que “continua a recolher elementos para eventual apuramento de responsabilidades dos comandantes das aeronaves, se a elas houver lugar”.
No entanto, o caricato nisto tudo Ă© que os limites de vento constantes do AIP (PublicaĂ§Ă£o de Informações AeronĂ¡uticas) foram estabelecidos na dĂ©cada de 60 e sĂ£o os que vigoram atualmente no Aeroporto da Madeira, segundo refere o regulador. E temos de ter em consideraĂ§Ă£o de que nenhum piloto Ă© suicida e o seu desejo Ă© aterrar em segurança, pelo que as velocidades limites poderĂ£o estar desajustadas Ă  realidade de hoje. AliĂ¡s, nĂ£o se compreende que as normas venham dos anos 60, numa altura em que haviam existiam aviões a voar impulsionados por hĂ©lice ao contrĂ¡rio dos aparelhos de hoje onde predominam os jactos.

A ANA refere que, relativamente a ventos, o aeroporto madeirense tem publicados procedimentos especiais e limitações operacionais que resultam de estudos levados a cabo com base em pressupostos e equipamentos que, na altura, foram considerados como mais adequados.

Recorde-se que esta quinta-feira decorreu em Lisboa, na sede da ANAC, tal como havĂ­amos referido oportunamente, a primeira reuniĂ£o conjunta do grupo de trabalho criado para estudar os limites de vento no Aeroporto da Madeira. Um grupo composto pelas seguintes entidades: ANA - Aeroportos de Portugal, NAV - NavegaĂ§Ă£o AĂ©rea de Portugal, Instituto PortuguĂªs do Mar e da Atmosfera, LaboratĂ³rio Nacional de Engenharia Civil e AssociaĂ§Ă£o dos Pilotos Portugueses de Linha AĂ©rea. Uma reuniĂ£o que aconteceu poucos dias depois do Aeroporto da Madeira ter passado por grandes constrangimentos devido precisamente aos ventos que nĂ£o permitiram a operaĂ§Ă£o normal de aterragens e descolagens. Entre os dias quatro e oito deste mĂªs, os ventos fortes provocaram o cancelamento de mais de 100 voos e afetaram cerca de 15 mil passageiros.

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